Pingwes aqui
Desculpem o atraso, estive ocupado esse fim de semana, hoje teremos mais um capitulo da série, esse capitulo vai ser mais grande pois a história vai realmente começar, os capítulos anteriores foram tipo um prologo, para ler o novo capitulo clique em Continue a Ler a Postagem.
Ela seguiu sua avó enquanto todos a encaravam, Coração de Tinta era muito temido, depois de Rose e Teresa ele era o líder dos saltimbancos, Elinor era a unica que não temia ele, ela não era 'feita de tinta' como os outros, ela e Megui não faziam parte do livro, pelo menos Elinor tinha o direito e ir e vir, saindo da história e se banhando da magia que rodeava sua biblioteca, mas os outros não, eles não compreendiam a magia e temiam o Coração de Tinta e temiam sua profecia que em meio a sussurros foi se passando por toda a aldeia, e esses mesmos sussurros rodeavam Megui, ela ouvia de todos os lados pessoas conversando em meio aos gritos e sussurros.
"ela é a garota da profecia", "dizem que ela é filha da fada verde e a fada quebrou seu voto de castidade", "Ela é uma espiã, filha do rei", "Eu a vi dançando para a Fênix, ela..."
Elinor:As maritacas desejam falar em voz alta? Teremos o prazer de responder suas duvidas mas fale na cara.
O povo se calou mas a duvida não, ela foi chamada por Coração de Tinta no mesmo dia em que veio à aldeia. Era óbvio quem ela era, mas Megui não sabia, uma mistura de medo dos sussurros e devaneios em meio as chamas da dança que ainda estavam em sua mente, a cara de Mujubu, não Coração de Fogo, Mujubu, sabia diferencia-los, foi com ele que dançara, foi Com ele que a flor nasceu, ele se abriu com ela e ela não pode retribuir com seu passado, apenas com a dança.
Elinor seguiu observando a neta, não podia culpa-la por devaneios, aquilo era um gigantesco devaneio, sonhar acordado com uma história, ela sempre quis leva-la para suas viagens literárias, leva-la para alguma mais simples, porém fora proibida, agora sabia que poderia leva-la para onde for, Coração de Tinta precisa dela só para a profecia e depois todos serão livres, poderia mostrar a sua neta o mundo, o verdadeiro mundo longe do Club Penguin.
Os devaneios fizeram elas chegarem mais rapidos a pequena cabana de pedra e teto de palha, a porta estava fechada com uma porta podre e velha, Elinor olhou pedindo para a neta abrir, Megui sabia que ela possuía um problema de limpeza, Megui encostou na maçaneta e não sentiu nada, visivelmente estava cheia de Musgo, mas quando encostou não sentiu nada além da dureza da maçaneta, poderia jurar que sua nadadeira estava mais limpa, isso não pareceu nada quando abriu a porta, era um espiral roxo girando, a abertura de uma dimensão de caixas. Elinor ignora a estranheza e resmunga.
Elinor:Os mais velhos primeiro.
Ela atravessa o espiral e entra na Dimensão Tinta, Megui segue e se encontra em um castelo tão grande quanto o de Ombra, só que menos decorado e com várias estantes de livros, lembrava bastante a biblioteca de sua mãe. Ela não conseguiu dizer nada além de...
Megui:Uou.
Elinor:Está vendo querida, livros, é disso que o Castelo está cheio, é disso que o mundo e todos os outros vieram, Uma biblioteca tão grande quanto a própria Asfódelos. Siga-me tenho algo para te contar.
Eles seguiram pelas gigantescas estantes, um silencio tomou conta delas devido a admiração mas Elinor o quebrou.
Megui:Você deve ter muitas duvidas eu suponho.
Ela apenas concorda com a cabeça. Então ela começa a lembrar.
Elinor:Isso foi a muito tempo, seu avô já havia morrido, sua mãe tinha 5 anos, era tão doce, tão pequena, minha pequena devoradora de livros, eu sofria de uma intensa depressão, amara ele, tinha amado ela mais do que tudo, sentia falta dele, ainda sinto é claro, mas não como antes, minha filha lia um livro, sobre fadas, algo simples, ela amava fantasias, Julio Verne, Shakespeare, principalmente, estavamos indo ver um autor, ela queria um autógrafo e todos insistiam que eu deveria sair mais, então eu a levei para a feira do livro, minha cara devia ser péssima, pois ele viu e sussurrou.
A dama ferro e seu coração de gelo.
Outrora fora como um grande mar sempre a passar
Mas fora congelada pelo frio da morte e da vida e seu elo
O gelo derreterá quando a verdadeira chama do amor florescerá
E a linda jovem das ondas do mar, vivera em seu feliz degelo
Isso me definia, eu precisava daquele degelo, ele não me conhecia, nunca o tinha visto antes, logo depois ele apontou para sua mãe.
Autor:Era o pai dela, certo?
Elinor:Sim.
Autor:Ela está de luto, mas consegue ver depressão em seu rosto?
Elinor:Sabe como são as crianças, presas em seu mundinho.
Autor:Por que não tenta entrar em um também.
Elinor:É como a terra do nunca, apenas crianças podem ir.
Autor:Mas havia Capitão Gancho, Piratas, Índios, eu diria que esse mundo é mais para Narnia, você pode entrar, mas precisa lembrar se de sua pureza, tente.
Ele rabiscou um número e me entregou.
Autor:Diga-me o resultado. Comece pelo meu livro.
Elinor continua para Megui.
ElinorPode parecer uma simples estratégia de marketing, mas...
Ela abre os braços apontando a gigantesca biblioteca.
Elinor:Eu consegui, continuo parecendo a dama de gelo, mas estou descongelando, mantivemos contato e ele me falou de você, quando sua mãe sumiu, ele me explicou o destino dela... A escolha dela. Agora é a sua vez. Ele te espera, atrás dessa porta.
Ela adentrou silenciosamente, era um salão redondo, as janelas mostravam um lindo jardim atrás de uma mesa onde ele sentara. Ela observa o homem, não tinha mais de 30 anos, cabelos negros, era amarelo e se vestia com roupas do mundo normal, ela olha para a garota e para de escrever no pergaminho.
Pingwes:Olá Megara.
Megui:Megui.
Pingwes:Como preferir, por favor sente-se, temos muito a fazer, as duvidas ainda não acabaram, eu suponho.
Megui:Não.
Pingwes:Pronta para mais?
Ela riu, ele parecia sério mas quando falou isso havia um sorriso em seu rosto. Ele arrasta o pergaminho até ela, ela lê tentando intender.
A filha da natureza dança em meio o fogo.
As fadas preparam seus peões e suas posições em seu jogo.
O Sangue Escorpião faz a paz em trevas e o mundo em breu
Aquele que do primeiro fogo tudo perdeu, do segundo fogo renasceu
Pelo terceiro fogo será consumido. E nada além da verdade se falará
A princesa perdida será achada e pelas estrelas da noite se guiará
A batalha final será travada, e o legado das fadas começará
Pois isso é tudo que lhes restará, em meio as ruínas que habitarão lá.
Megui:O que significa isso?
Pingwes:Pra ser sincero essa profecia é a mais fácil de se deduzir, porém não se engane, isso pode ser pior que imagina.
Megui:conseguiraseja saber?
Megui:O que é esse mundo.
Pingwes:Esse é o Club Penguin, bem vindo ao meu iglu eu geralmente passo aqui para receber visitas.
Megui:Sabe a que me refiro.
Pingwes:É um tipo de magia que estive testando, a caneta, é ela quem faz isso, ela quem criou isso.
Megui:Os mundos.
Pingwes:Eles existem a muito tempo, mas são diferentes, a tinta da caneta não criou esses mundos, apenas me deu uma porta para acessa-los, assim é com todos os livros, os escritores podem até tirar o protagonista como alguém com sua personalidade, mas a história se desenvolve em certo ponto que o próprio autor duvida e deseja que sejam reais, desejam habitar esse mundo que vive em seus pensamentos, alguns segundo Cornelia Funke conseguem pelo livro de prata, já os de sua família, pela tinta da caneta, a mesma que dava inspiração a Fenoglio, o primeiro tecelão de tinta, o primeiro autor, logo depois veio vários, a hora de todos chegava e creio que a minha também está chegando.
Megui:Está morrendo?
Pingwes:A profecia, o mundo de tinta habita minha mente, o mundo de tinta é minha mente, quando ele entrar em ruína, minha mente também, e a caneta escolherá outro. Mas creio que não conseguira escolher outro...
Megui:Outro?
Ele apenas sorri e muda de assunto.
Pingwes:É melhor se apressar, aproveite esses dias restantes, serão de grande paz e felicidade, precisará disso para enfrentar o que vem pela frente, mas lembre-se dessa frase, você não está sozinho. Nunca esteve e nunca estará, você não é Coração Sozinho.
Ela se retira e fecha a porta, não precisou passar pelo corredor, já estava de volta a aldeia, cada verso da maldição habitava em sua mente, mas o escritor tinha razão, precisava esquecer, ignorar e viver, enquanto sabia que estaria viva.
E assim termina o capitulo, os versos da profecia começarão a se tornar realidade no próximo capitulo, eu vou tentar postar no sábado, recentemente foi fim do bimestre e não tive tempo de escrever mas vou voltar a o horário normal. O que estão achando da série, deixem nos comentários.