sábado, 15 de abril de 2017

Inkheart | Aldeia Perdida #2

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Olá Pinguins
Pingwes aqui
Hoje teremos mais um capitulo de Inkheart, uma versão Club Penguin do livro Coração de Tinta, caso não tenha visto o primeiro capitulo, clique aqui. Para continuar a história clique em Continue a Ler a Publicação.

 De um salão iluminado por apenas velas e castiçais um espetáculo em ar aberto parecia muito mais libertador, todos os aldeões estavam no lado de fora do castelo, tendas de ciganos estavam postas para se ser lido o amor e a fortuna, para os católicos apenas uma brincadeira ou um devaneio, sem nem imaginar a verdade. Os ciganos não eram os únicos que possuem permissão para se adentrar, todos os saltimbancos do reino estavam presentes, Megui lembrava deles em seus livros, circenses medievais que eram livres, não pagavam impostos nem precisavam ser fiéis ao rei, apenas ir de reino em reino, é claro que como cidadães sem deveres eles também não tinham direitos, matar um saltimbanco não era crime, muitas vezes era atitude elogiada pela igreja, saltimbancos reverenciam as forças da natureza, a existência de fadas, elfos, puffles mágicos, e a Lady Luz e Lorde Obscuro, deuses principais e pagãos. Houve vários conflitos entre ambos, mas as festas davam bandeira branca e Megui conseguia ver vários saltimbancos e plebeus bebendo e se divertindo. malabaristas equilibravam ao som das musicas alegres e circenses,  equilibristas andavam em corda bamba, uma garota desafiava eles para jogarem coisas nela e por magia ou pura sorte eles não fora atingida e deixara o publico abismado. Porém nem todos amavam os saltimbancos como Megui, Rafael parecia descontente com a presença dos pagãos em seu noivado e muitos cardeais olhavam com repulsa.
 A atenção de todos foi pedida por um pinguim branco como a neve, cabelos azuis e roupas negras, Seu nome saltimbanco era Príncipe Ônix, porém seu nome real era Lamusta, ele não era príncipe, apenas se inspirara em um antigo conto que ouvirá sobre Pinglantida, ele fala em voz alta tentando convencer os outros a prestarem atenção.

Lamusta:Atenção, por favor gente eu preciso da atenção de todos...

Ele repetia essas palavras enquanto todos falavam e sussurravam e amontoavam em volta, sussurros de curiosidade, sussurros de enamoramento pelos artistas que se apresentavam, os sussurros iam diminuindo e a curiosidade de todos aumentava, inclusive a de Megui e seu pai. Até mesmo Rafael olhava torto e disfarçando, porém curioso, isso ficava na cara. O Silencio ficou em meio ao grande povo amontoado, até Lamuta voltar a falar.

Lamusta:Obrigado, muito obrigado, agora meus amigos, eu tenho a honra de apresentar, meu pequeno irmão, senhor do fogo, a reencarnação da própria Fênix. Mujubu o Coração de Fogo.

Um silencio apareceu e durou muito pouco, pois foi seguido de uma musica, a musica se perdeu na história mas tinha um ritmo semelhante a Scotland - The Lumminers, um pinguim surge em meio um furacão de fogo, e de suas nadadeiras surgiu o fogo, para alguns era magia, outros alquimia, a verdade seria descoberta em breve. As chamas da nadadeira giram em torno de seu corpo que começa a dançar no ritmo da chama e da musica, a chama se tornava mais grande conforme a musica avançava, parte dela ia parar na boca e eram expelidas como a chama de um dragão, o calor comprovava era fogo real, isso durava minutos mas mesmo assim todos gostavam e queriam mais. As chamas cresciam e iam para todos, ela dançava e as rodeava, enquanto brincavam, todos admiravam a magia, cristãos gritavam 'blasfêmia', mas suas palavras eram esquecidas pelo fogo e seu calor. Ele dançava e um gigantesco cavalo de fogo surgia em meio ao fogo que se amontoava na população, um pequeno Patrono que simbolizava a liberdade, a vida de um saltimbanco, o cavalo dança entorno da população preenchendo o céu de seu rubro calor, ele retorna a seu mestre e corre em volta dele, até ficar cara a cara com seu mestre e se atira nele, o pinguim dança com as chamas que cobriam seu corpo mas não o feria, brincava com seu velho amigo, brincava com seu coração, seu coração de fogo que pulsava em meio as chamas que corriam em suas veias, as chamas de seu passado, de seu presente e as chamas que sempre estariam em seu futuro, a dança durou até a chama assumir por completo, a musica começa a parar e o pinguim se encher de fumaça terminando a apresentação, enquanto todos observavam abismados, olhares eram trocados em meio a salva de palmas dos nobres, Megui estava emocionada, sabia reconhecer magia e todos do clero olhavam assustados. Lamusta retoma a fala.

Lamusta:Muito obrigado, muito obrigado a todos, porém sabe a vida de saltimbanco é difícil então pedimos uma pequena contribuição, meu irmão precisa beber meio quilo de gasolina por dia para poder fazer isso.

Lamusta e os plebeus riram da piada, porém não impressionaria ninguém se isso fosse verdade, ele vai passando seu chapéu, e recolhendo moedas para a aldeia, Megui pensara em dar alguma joia mas Lamusta desaparecera, ela olha para trás e lá estava ele, ele fala com um pequeno sorriso.

Lamusta:Milady, os saltimbancos desejam a madame um ótimo noivado, que Rose abençoe sua rosa com as gotas de orvalho, bla, bla, bla, alguma contribuição?

Ela ri e procura por moedas em seu vestido mas seu pai aparece e fala.

Rei:Meus parabéns, seu irmão é um ótimo dominador de fogo, é alquimia aquilo?
Lamusta:Um mago nunca revela seus truques, obrigado. Vocês tem um coração de ouro.

Um velhor trocadilho saltimbanco para a realeza, significava que o coração deles era movido a ouro, gananciosos, mesquinhos e mão de vaca. Ele recolhe o dinheiro e some em névoa negra, ela ficou tão devaneada pela magia que nem de notara que o colar que usara em seu pescoço desaparecera logo após a conversa com Lamusta. Rafael cochicha para um cardeal.

Rafael:Está na hora.

Um dos padres, fala furioso.

Padre:A Igreja não tolerará o paganismo, renunciem a seus pecados ou serão martirizados.
Megui:O que significa isso? Se supõe que não haveria derramamento de sangue em meu noivado.
Rafael:A festa acabou, e agora vocês estão cercados.

Uma garota apareceu em meio a eles, era uma garota de cabelo e roupas coloridos, estavam soltos ela fala em deboche.

Coração Livre:Ó não, seremos martirizados, o que faremos, quem defenderá esses pobres esquecidos, a não espera, os pobres esquecidos são vocês. Condenados a viver abaixo dos outros. Abaixo de reis e um Deus que não se importa com vocês e sim com dízimos e impostos.

Um bobo da corte colorido com uma bandola começou a cantou uma pequena sátira deixando o clero e a realeza furiosos

Coração Eu lirico:Vejam só o que temos aqui
                                     Uns bobões  que vem daqui e ali
                                     Eles querem nos martirizar
                                     Mas nós vamos apenas zombar
                                     Martirização é algo que todo Clero sonha
                                     E a nobreza não passa de um bando de pamonha
                                     Eles são comandados pelo herdeiro-infante
                                     Que pesa mais que um elefante
                                     E a princesa que está preocupada por não estar em seu lar
                                     Sequer reparou que o Lamusta roubou seu colar
                                     Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá. 
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
                                     Todos querem nos martirizar então nós vamos é vazar
                                     Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá. Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá

 Enquanto ele cantava, ciganos e saltimbancos se organizavam num circulo, estavam cercados mas era isso que queriam, que todos vissem a magia, Megui sabia que iam fugir, era a chance dela de escapar, ela tenta se aproximar furtivamente e conseguia sentir os poderes de Coração Livre. O vento mudara de direção e girava em torno do circulo dos saltimbancos, o desejo de liberdade de Megui permitiu que conseguisse escapar com eles. Os saltimbancos explodiram em confete e risadas e logo depois o rei deu por falta de Megui,  pensou que os saltimbancos tinham roubado sua filha.
 Quando Megui abriu os olhos notou três coisas, 1)Era de noite (Na aldeia sempre é noite, para se poder olhar as estrelas) 2) Todos notaram sua presença. 3)Coração Livre lhe apontava uma espada e sabia usa-lá muito bem. A saltimbanco fala com um olhar que misturava raiva e curiosidade.

Coração Livre:Quem é você e por quê foi liberta?

Ela queria falar, porém ainda não conseguia acreditar, não pensara em nada, desde que chegara não tivera tempo para pensar em nada, nem acompanhar a história, Coração Livre parecia real, ainda não chegara na parte do livro em que ela era apresentada mas já conseguia imaginar as palavras usadas, as palavras usadas para todos. Palavras. Era isso que criara esse mundo, o que criara ela, e era isso que ela precisava, a Princesa Megara com certeza teria feito um lindo discurso sobre sua solidão e anseio por aventura, e convenceria a todos, mas ela não era a Megara, ela não era feita de palavras, ela possuía o livre-arbítrio e não gostava disso, tinha medo de dizer algo errado, Coração Livre notou seu respirar dificultado e falou ainda apontava a espada

Coração:Quem é você, fale agora ou Coração Eu lirico nos contará nos mínimos detalhes.

O bobo da corte já afinava sua bandola, ela vira como ele falara "A princesa preocupada por não estar em seu lar", ele era o "eu lirico, as ideias e emoções do livro, as ideias e emoções dela, ela mentalmente rogava por esperança porém o saltimbanco estava mais preocupado em achar uma frase que rimasse garotinha e galinha, ela tentava falar mas as palavras não saiam, porém outras palavras saíram em meio as sombras, palavras em um tom de frieza e fúria que só poderiam ter saído de uma pessoa, Megui reconheceu a voz de sua avó Elinor.

Elinor:Deixem ela seus babacas, ela é minha neta.
Mujubu:Coração de Papel, tem certeza.

Foi a primeira vez que ela ouviu ele falar, sua voz era jovem, devia ter no máximo 15 anos, ainda não conseguia entender o livro mas sabia reconhecer os protagonistas.

Elinor:Estou velha mas não estou cega, eu a mandei para esse reino, tire essa espada da frente dela ou terei que relata-los a minha filha.

Uma garota vestida de roxo falou estranhando.

Coração Noturno:Ela é a filha de...
Elinor:Se ela é minha neta, se pode deduzir isso.

Lamusta surgiu em sombra e falou com seu tom de voz ardiloso.

Lamusta:Perdoe-nos, se soubesse quem ela era, teria pego algo a mais além de um simples colar.
Megui:Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo.
Coração Livre:Qualquer amiga de Coração de Papel é nossa amiga também.

Ela coloca a espada na bainha e estende a nadadeira, Megui se levanta e começa a olhar o pequeno grupo, Mujubu, faz nascer chamas de suas nadadeiras, que vão voando e acendendo as lamparinas e quanto mais a luz ia aumentando mais saltimbancos e ciganos apareciam. Todos com suas roupas e cores, e sorrisos, sorrisos como a lua e as estrelas.E as ruas pareciam estar cheia de tendas, casas e estoques de comida. Tudo iluminado pelas tochas, a lua e suas estrelas.

Coração Noturno:Perdoe-nos pela inconveniente, sou Coração Noturno, mestra das estrelas, seja bem vinda a Aldeia Perdida, o descanso final das fadas. Coração Eu lirico, de as boas vindas a nossa nova companheira.

Ele se prepara para cantar a velha canção porém Elinor o impede.

Elinor:Acredite é melhor não ouvir, os saltimbancos são muito indiscretos. É melhor nos apresentarmos cordialmente.
Megui:Eu reconheço alguns nomes, Coração Livre, Noturno, de Fogo... Papel. São apelidos

A Coração Noturna retomou a fala.

Coração Noturno:Sim, renomes para ser mais correta, todos nós fomos plebeus, alguns foram da realeza, mas todos desistimos de nossa vida, e criamos uma nova, livre de todos.
Megui:Porque Coração?
Lamusta:Do que seu coração está feito, o que move sua vida, o nome saltimbanco é a única parte de sua antiga vida que você pode ter, uma lembrança de quem você é verdadeiramente.
Megui:Qual é o seu?

Ele ficou um pouco nervoso e gago.

Lamusta:Então, e-eu...
Elinor:Ele não tem, ainda não descobriu o nome dele.
Megui:Como se descobre?
Lamusta:Com os poderes, eu posso me esconder em meio as sombras, mas...
Elinor:É um termo muito vago, sequer tem uma apresentação. Ele se denomina o Príncipe Ônix, algo bem vago na minha opinião, sangue negro corre nele mas é inútil sem um nome ou patrono.
Megui:Poderes?
Elinor:Sim, nós desenvolvemos ele conforme o tempo passa, no entanto eu e sua mãe notamos suas habilidades desde que você nasceu.
Megui:Eu...
Elinor:Longa história, mais alguma pergunta?
Megui:Todos tem coração no nome?
Coração Noturno:Não, alguns não descobriram ainda, geralmente os mais jovens e os ciganos geralmente acham isso desnecessário, apesar de usarem outros renomes.

E eles ficaram conversando, ela foi apresentada para vários saltimbancos, havia cerca de 100 pinguins em uma mistura de gênero, cor e classe social, saltimbancos contavam piadas e ciganos pediam para ver sua linha do amor, tudo estava indo muito bem até Elinor interromper as conversas.

Elinor:É maravilhoso, mas antes de ela "ser recebida" para nossa comunidade nossa rainha tem que permitir sua presença.
Megui:Como?
Coração Livre:Você é uma invasora, tem que ter permissão para viver conosco.
Megui:Pensei que não tivessem monarquia.
Coração Noturno:E não temos, é difícil explicar, porém ela é apenas um simbolo, uma fada. A Fada Verde, ela usa a colina e seus poderes para nos esconder de Ombra. Ela tem que ter conhecimento sobre você para protege-la.
Megui:Como encontro ela?
Elinor:Muju...
Coração de Fogo:Coração de Fogo.

Ela ri, o renome de Mujubu sempre fazia Elinor rir, era o mesmo nome do protagonista de Gatos Guerreiros, uma coleção que Elinor lera para Megui.

Elinor:Claro, perdão, mas seu renome é recente, Coração de Fogo, poderia mostrar para minha neta o caminho.

A chama nasceu em sua nadadeira e dançou em volta dela, a chama corre para Megui, ela se assusta porém Coração de Fogo fala,

Coração de Fogo:Não precisa ter medo, ele não vai te machucar.
Megui:Claro você o controla.
Coração de Fogo:Não, isso é mais que um simples fogo, já vi o fogo mortal, vocês o apagam facilmente e depois fazem outro tornando o inútil até certo momento. Esse é o Fogo de Fênix, ele tem vida, alma e livre arbítrio e assim como a Fênix se apaga temporariamente porém retorna muito mais forte, você pode respeita-lo e ele a respeitará também, você pode teme-lo e ele será seu novo mestre, ou você pode ser amigo dele.
Megui:Como se faz amizade com o fogo.

Ele deu um pequeno sorriso, sabia como era difícil para um mortal admitir e compreender que o fogo tinha vida, as vezes nem mesmo ele compreendia.

Coração de Fogo:Longa história, eu te conto depois, vamos, antes que percamos ele de vista.

O fogo havia desprendido de Megui e já estava subindo a colina, como estava flutuando ele ia muito rápido porém as vezes parava para olhar para trás e ver se Megui e Coração de Fogo o acompanhava. Com o passar do tempo eles chegaram, era um gigantesco castelo, mas havia um grande matagal, a Fada que morava era a fada da flora e respeitava o verde da natureza, mexer ou machucar alguma planta e as ninfas que ali moravam seria uma grosseria, as portas se abrem e Megui vê que o castelo na verdade é um templo de uma unica sala, pilares rodeado pelas linhas verdes das plantas, no fundo havia um gigantesco trono de madeira em formato de arvore, no centro estava uma pinguim majestosa, usava um gigantesco vestido verde com detalhes dourados, cabelos marrom escuro e cor roxa, tudo isso trazia lembranças para Megui, lembranças muito antigas, o rosto da fada era uma mistura de orgulho e sorriso. Pela primeira vez depois de muito tempo, Megui reencontrou a mãe.

E aqui termina o segundo capitulo, eu irei expandir e falar mais sobre os personagens nos próximos capítulos. O que está achando da história, deixe nos comentários.