sábado, 22 de abril de 2017

Inkheart | O Bosque das Fadas #3

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Olá Pinguins
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Desculpem o atraso, hoje teremos mais um capitulo de Coração de Tinta, nesse capitulo será apresentado a antagonista principal (além do Rafa que também será um vilão), para os que já leram as minhas histórias sabem que a Fada Negra é algo quase obrigatório nas histórias, e essa não é uma exceção, para ler a história, clique em continue Ler a Publicação.

Horas Antes

Elinor ouve alguém espancar a porta, ela se liberta de seu exemplar de Harry Potter, não sabia se deveria ficar brava por terem a obrigado a parar de viver o livro ou feliz por ter uma desculpa para faltar a aula de Herbologia. Ela vai abrir a aula e tenta recuperar a postura de resmungona mas ao ver quem estava a porta isso não foi tão difícil.

Pai:Onde está minha filha Elinor.
Elinor:Desde quando se interessa por ela.
Pai:Estou ligando a horas para o celular dela e nada.
Elinor:Talvez ela não tenha ouvido, eu não ouvi nada apenas o barulho das páginas e...
Pai:Corte o papo furado e me traga a minha filha.

Se tirar de um livro era fácil, mantinha sempre uma pequena parcela do mundo original e sempre que ouvia um barulho fechava o livro, agora esse era o problema, o livro, Megui não se ancorou ao mundo, ela só pode sair por conta própria, e só tinha uma solução, teria que leva-lo até ela.

Pai:Então, não vai busca-la?
Elinor:Entre.

Ele e entrou e já foi direto para a biblioteca ignorava e seguia para o corredor, haviam dois quartos, um de cada lado e o banheiro no centro, nas portas dos quartos estavam os símbolos da Sonserina e da Lufa-Lufa, ele entrou na porta do simbolo amarelo, por já ter visto a filha usando um colar com o simbolo e por ter a dedução obvia que o simbolo da sogra é uma cobra. Ele entra no quarto da filha e ele sequer foi mexido, apenas tem a mala da filha, ele se vira para a sogra deduzindo o que havia acontecido e fala temeroso sabendo dos poderes dos livros de Elinor.

Pai:O que você fez com minha filha?
Elinor:É melhor irmos para a biblioteca.
Pai:RESPONDA.
Elinor:Eu vou te esperar lá, se desejar a verdade, mas saiba que não vou te poupar só por ter perdido elas.

Ela se vira e senta em seu trono, com o livro no colo, começa a ler em segredo, as palavras mudaram, Megui as mudara, algo básico, a conversa entre Rafa e Megui não existia na versão original e Megui deveria fazer um discurso, provavelmente ela salvaria a neta, mas antes tinha outra coisa, ela olha e ele estava lá, tinha se recuperado mas ainda parecia triste, se segurando para chorar, a dor, ela muda o mundo, isso ela apreendera até o protagonista mais forte e valente teme e se ajoelha em prantos perante ela. Mesmo que nunca admita isso, nem para si mesma, sempre tivera pena dele, sua filha fizera uma escolha, Teresa amara Mo e o ama até hoje mas as vezes o destino nos da escolhas que nunca se sonha. Ele fala ainda em sua mistura de raiva e tristeza.

Pai:Ela está no livro.

Ela simplesmente abaixa a cabeça em confirmação.

Pai:Porque? Já me tiraram minha mulher, por que minha filha?
Elinor:Eu apenas sigo ordens.

Ele queria rasgar todos os livros, queria descontar em Elinor, queria vingança, queria ver sua filha novamente, mas seu ódio diminuiu quando Elinor terminou de falar.

Elinor:E tenho ordens de leva-lo até elas.
Pai:Como?
Elinor:A muito tempo eu conheci um homem, era uma jovem leitora e ele um escritor, ele morou nessa casa antes de mim, ele criou essa biblioteca e reescreveu cada livro aqui presente, ele me entregou esse mesmo livro com uma carta, uma semana depois ele desapareceu e deixou a mansão e a biblioteca de herança.
Pai:Você nunca mais o viu?
Elinor:Não, tomei café com ele semana passada, foi ele quem mandou eu enviar você e Megui para o livro. A questão é, isso não são simples livros são portais.
Pai:Então é só lê-los.
Elinor:Não, se fosse apenas "ler" não acha que Megui e Resa teriam ido antes. Isso acontece com todos os livros.
Pai:Mas são só livros.
Elinor:ISSO, são livros, não a outro lugar para se esconder, a ilha está acabando, em breve o CPI chegará e essa é nossa unica ponte para não perdermos tudo. Livros são consolo, compaixão, amizade, eles amam a todos que os abrem e lhes dão um carinho, uma história, um MOTIVO DE VIDA, e não pedem nada em troca além de sua atenção. Nos oferecem sua proteção e amizade sem nenhum beneficio próprio, molhe-os, rasgue-os, queime-os, as letras continuarão, pois mesmo depois de tudo eles estão dispostos a nos mostrar seu mundo e nos ajudar. Mas você precisa necessitar essa ajuda, somos vazios por dentro, nossa alma pensa apenas no futuro e não vê o tempo passar, os livros nos dão o presente, nossa alma é só e solitária, assim como a de Megui e Resa, abandonados, se sentindo excluídos, que nunca serão melhores que outros, assim como eu e assim como você. Entregue-se ao livro, retribua o amor ou viva com sua solidão em um mundo em que sua mulher e filha o abandonaram.

Ele não conseguia se mover, sua mulher precisará da atenção de um livro, sua mulher se sentia só e essa mesma solidão dominara sua filha e agora dominara ele. Elinor deixa o livro encima da cadeira e vai pegar um chá, depois iria ajudar a Megui, quando volta ele não estava mais lá. Cumprira seu destino.
Tudo o que ele se lembra é de acordar, um pinguim de vestes da realeza medieval aparece no quarto.

Conde:Vossa majestade, infelizmente não achamos sua filha.
Rei:Como?
Conde:Cremos que os sequestradores saltimbancos a tenham levado para a Aldeia Perdida, ela é protegida por feitiçaria, ninguém sabe onde é.

Megui havia sido sequestrada, ele perderá sua filha novamente, sentia ódio pelos sequestradores e mesmo não sabendo seus nomes os amaldiçoava em pensamento. Ele pergunta assustado.

Rei:O que faremos?
Conde:Existe uma mulher, uma duquesa, ela aguarda a sua presença, acha que pode ajudar.
Rei:Eu não quero ver mulher nenhuma.
Conde:Ela mandou mencionar o nome Elinor.

Elinor dissera que havia um destino, será que a mulher estava para lhe dizer o dele. Ele fala mais animado.

Rei:Mande ela me esperar no salão real.

Ele não sabia onde era mas tentaria a todo custo descobrir onde sua filha está e o que deveria fazer. Enquanto isso em meio ao castelo um pinguim negra andava com seu vestido bordado em Ônix, seus cabelos castanho escuro, suas costas outrora marcadas por belas asas de cisne negro, grandes e belas como a dos anjos caídos agora possuía apenas a cicatriz, a marca que servia para lembrar de quem havia feito aquilo nela, quem lhe dera tal destino. Malévola a Fada Negra recebera a mensagem do Conde e ia em direção ao rei, ela sabia a localização da aldeia, podia levar ele até a mulher e a filha em um piscar de olhos, porém ela não dava a minima para o rei, ele faria o jogo dela. Ela se aproxima e fala.

Malévola:Olá, vossa majestade.

Ela sorria e isso para ele só confirmava o envolvimento dela com Elinor.

Rei:Você deve ser a Duquesa? Eu sou...
Malévola:O Ex-Genro da Elinor.
Rei:Então você a conhece, ela te mandou para me ajudar?
Malévola:Não, ela te mandou para ME ajudar.

Um pequeno pergaminho  antigo surge, a tinta parecia brilhar, ele pega o pergaminho e lê, as regras eram claras, a filha dele seria resgatada, ilesa, e se olhariam, olho no olho, caso ela estivesse com mais pinguins, o destino do restante é incerto, quanto ao esconderijo, ele não seria revelado, ela possuia um acerto de contas com o local. Isso interessou ele.

Rei:O que você ganha com isso?
Malévola:Você não é o único que perde algo que ama para a tinta.
Rei:Porque deseja manter a aldeia secreta?
Malévola:Porque se interessa? É só um livro, no final pode simplesmente folhear e ver a reposta, isso se não se livrar do criador de sua dor.

Ele não contestou, não conseguia compreender os portais, para ele era um mundo inventado, os portais do livro funcionam como as caixas, são dimensões que existem antes do livro começar e a história continua depois, a diferença é que ninguém se interessa pelo tempo de paz, por isso o livro acaba, mas Coração de Tinta era diferente, era um portal no tempo, algo que não aconteceu no passado da ilha poderia mudar tudo, esse foi o sacrifício de Resa, desistir de seu passado para dar futuro a sua filha. Ele simplesmente assinou, seu nome não será revelado no momento pois será importante no futuro.

Rei:Agora traga-me minha filha.
Malévola:Não, veja bem, eu viso o futuro, alguns pequenos pedaços, para eu trazer sua filha, ela precisa colaborar, estar em um local, em digamos,  3 dias, acho que é o suficiente.

Enquanto tudo isso ocorria, Meg estava frente a frente com sua mãe, ela não sabia o que falar, o que sentir, o que a mãe diria, sequer sabia como era a voz de sua mãe, isso ela descobriu logo, sua mãe quebra o silencio em uma voz mansa e acolhedora.

Teresa:Olá Querida.
Megui:Não me chame de querida.

A referencia não foi intencional, mas parece que a mãe entendeu.

Teresa:A Seleção, certo, sua avó tinha me trazido esse livro, os saltimbancos são bons mas as vezes sinto falta dos livros, são bons para passar o tempo, porém não tenho o costume de adentrar eles.
Megui:Minha vó manteve o contato com você?
Teresa:Claro, ela sempre me falava de você, quando me disse que havia sido requisitada para o Coração de Tinta eu fiquei muito animada.
Megui:Coração de Tinta?
Teresa:O Autor, ele é quem comanda esse lugar, ele criou o feitiço para proteger os saltimbancos, os ciganos e as fadas, a nova era não pode ser interrompida, o inverno eterno assola a ilha e dura até nosso tempo.
Megui:Inverno eterno?
Teresa:Longa história, mas creio que você possua perguntas mais importantes.
Megui:Porque nos abandonou?E

O rosto dela se fecha por alguns segundos, ela se vira para alguns pinguins vestidos de verde, um deles parecia ter uma jaqueta e arco com aljava de flechas, não parecia um saltimbanco, sequer era medieval.

Megui:Coração Selvagem, Coração Perdido, Coração de Pã, poderia nos dar licença. Coração Selvagem, me encontre em uma hora, o seu destino está chegando.

Os pinguins se retiram e ela se vira para a filha, ela se levanta, Megui não havia notado, sua mãe possuía asas, longas asas de borboleta, ela sabia o que significava, e isso se confirmou ao aparecer o cetro, sua mãe era uma fada, uma das 10 grandes.

Megui:Como?
Teresa:Oh, minha querida, tanta coisa ocorreu, para você foram anos, para mim, séculos, quase milênios, os bosques estavam morrendo, não havia solução, a esperança se dissipava, Dríades morriam, isso ocorria no livro, um flashback onde tudo se acabava e só havia cinza, eu não queria ficar ali parada, adentrei a história na esperança de arrumar, e parti em minha busca em meio ao tempo, fiz esse sacrifício. Não me arrependo pois sabia que um dia voltaríamos a nos encontrar, que um dia seriamos uma família novamente, que estaríamos unidas, e muito antes de ganhar meus poderes eu sabia que você me orgulharia.
Megui:E meu pai?
Teresa:Seu pai fez as escolhas dele, você não sabe ainda, ms lembre-se, seu pai te ama e tudo que faz é por você.

Tentava preveni-la da Fada Negra mas sabia que quando Megui descobrisse, tudo estaria perdido. Ela nunca o perdoaria, não nas circunstancias do resgate, premeditado por todas as quatro fadas, ambas em consenso com o destino feito a tinta.

Megui:O que devo fazer agora?
Teresa:Porque não tenta se adaptar, fazer amigos, saber deles e de seu passado, a muitas histórias aqui, os nomes tem muita importância nesse mundo, você precisa descobrir qual é o seu, qual sua cor e sua fada.
Megui:Não seria você?

Sua mãe ri, imaginar ela pulando em arvores e cuidando de plantas era engraçado, sabia que sua filha enjoaria no primeiro momento. Ela apenas diz.

Teresa:Digamos que eu não posso interferir, é você quem cria seu destino, se desejar preservar arvores e viver com ninfas em meio ao silencio do bosque, apenas vendo a grama crescer, é bem vinda. Mas recomendo falar com as outras fadas primeiro.
Megui:A outras fadas na Aldeia?
Teresa:Claro, muitas de nós fomos mortas, Azul, Corona, Nyx, mas ainda existimos, e de vez em quando aparecemos aqui para escolher nossos saltimbancos, até mesmo o espirito das mortas aparecem, Coração Noturno foi escolhida por Nyx e ela foi morta a séculos. A questão é, quem manda em seu coração.
Megui:Eu não sei ainda.
Teresa:Você deveria ir com Rose ela é boa adivinhando o destino... e fazendo apostas sobre quem morre primeiro.
Megui:Como?
Teresa:Não é nada problema de fadas, ela é minha oposta, eu represento todas as plantas do mundo e ela beneficia apenas as de aparência, as flores no caso, eu sou a Esperança na vida dos necessitados e ela é a Paixão que os prende ao desejo. E não querendo fofocar mas já falando, ela tem o costume de exagerar e uma linguagem com palavrões dignos da sua era.

Ela aponta para duas pinguins, vestido verde e Coques Loiros, pareciam versões maiores da sininho.

Teresa:Levem minha filha até a Fada Rosa, peçam para que ela tente ver o destino dela.

Elas se retiram, Teresa sente a presença de sombras em seu castelo. Ela se vira e a Fada Negra aparece com seu pergaminho em mãos, para zombar de Teresa.

Malévola:Olha o que temos aqui, a Mãe Natureza, (risada)
Teresa:Ria enquanto pode, em breve a minha filha irá acabar com você.
Malévola:Eu digo o mesmo para seu marido, como é o amor de sua vida eu pensei que ele teria um pingo de cérebro, sequer sabia o que está acontecendo, sequer se lembrou de perguntar por você.

Malévola tentava machuca-la, ela sabia que não havia sido esquecida, sabia que voltaria a ve-lo, porém outra coisa estava em sua mente, Malévola não tinha o costume de entrar na Aldeia e o Bosque das Fadas lhe trazia lembranças que ela decidira esquecer, ela não voltaria por um contrato que duraria pouco.

Teresa:Porque veio aqui? Só pra zombar de mim.
Malévola:Não, um pinguim possui meus poderes, está na hora de eu denominar seu coração, talvez seja sua filha, ela passou por dor e sabe o que é se sentir abandonada.
Teresa:Não adianta, eu conheço minha filha, seria mais fácil ela ser de Rose do que sua, e mesmo assim você não tem controle sobre ela.
Malévola:Mas tenho sobre seu marido, Coração Sozinho, isso mesmo já o nomeei, no exato momento que o vi senti o medo e o desespero, coisas causadas por você, esse nome é familiar, já deve ter ouvido falar da lenda.

(Quebra de Quarta Parede:Coração Sozinho é um conto africano/moçambicano, nele a três leões, Coração com a Mãe, Coração com o Pai e Coração Sozinho, sim eu me baseei neles para os nomes dos saltimbancos e misturei com o Gatos Guerreiros, os três leões estavam aprendendo a caçar, Coração com a Mãe tinha a ajuda de sua mãe que lhe ajudava a matar o porco, Coração com o Pai recebeu a ajuda do Pai e Coração Sozinho capturava o porco mas não sabia como abate-lo e passava fome, até morrer enquanto seus irmãos cresciam fortes por terem um destino em seu coração.)

Malévola:Lembra bastante dele, abandonado por todos, agora se me permite, tenho coisas a fazer.

Ela some em meio a fumaça.

O capitulo termina aqui, o nome do pai dela não foi revelado, mas não será Mo como no original, ele é importante, a história ainda está no começo, eu planejo focar nos outros saltimbancos e explicar a vila, o que estão achando da série, deixem suas opinião nos comentários.